quinta-feira, 7 de março de 2013

Proposta Geral



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Intencionamos apresentar de forma dinâmica, com uso das novas tecnologias, uma arte que já foi muito consumida nas primeiras décadas do século XX, principalmente nas décadas de 40 e 50.

As rádionovelas encantaram gerações com a apresentação de contos e histórias através da narrativa dramatizada e os detalhes sonoros, que levam o ouvinte a vivenciar cada capítulo, cada fase da história narrada.

A telenovela é hoje o maior nicho de entretenimento no Brasil. Retomar a radionovela é um projeto inicialmente simples, mas que pode agradar tanto aos mais experientes, que de alguma forma tiveram contato com essa forma de narrativa, quanto atender às expectativas do publico mais jovem, que está cada vez mais aberto para novas experiências, novas oportunidades e novos produtos. Ainda que a nova experiência seja o resgate de um modelo anterior.

A virtualidade auxilia na produção de subprodutos e na transmídia, com possibilidade de interação por parte do ouvinte, opinando, compartilhando e construindo enredo e personagens.

O projeto prevê a releitura dos contos de Nelson Rodrigues, iniciando pela série “A vida como ela é”, foram 1000 contos públicos nessa linhagem, através jornal Última Hora. Mas utilizamos como base a antologia em livro.

O autor foi escolhido pela sua atualidade, apesar de contextos sociais diferenciados. Atualmente, Nelson Rodrigues é mais bem aceito pela sociedade e as reações a sua obra são mais brandas, porém as críticas e questionamentos por ele levantados são ainda pertinentes. Além disso, é um dos dramaturgos mais importantes do país e, ainda, aproveitamos o centenário, completado em 2012.

O primeiro texto escolhido é um dos mais famosos da série, “A Dama do Lotação”.  Um bom exemplo de como a adaptação pode ser trabalhada, já que buscaríamos levar o enredo para dentro do metrô, mantendo o ambiente do transporte público, mas próximo dos novos ouvintes.

Decidimos que o processo de adaptação e roteirização é a parte mais delicada do processo, pois é necessário usar uma linguagem mais contemporânea, pensando em interpretações de locução com linguagem atualizada, mas respeitando o estilo de Nelson Rodrigues, sem perder sua ácida crítica social e moral, mas com uma linguagem contemporânea e ainda que pudesse ser veiculada às 19h, horário incomum para obras do autor, pelo constante teor sexual.

Público e Horário

Novela costuma ser apontado com u mformato feminino, mas sabemos que não são apenas as melhores que se interessam, o texto sarcástico e perspicaz do autor é perfeitamente capaz de atrair o público masculino.

A faixa etária também é bastante abrangente já que o formato não é limitante, e as obras de Nelson Rodrigues sempre foram capazes de atingir diversas gerações, porém é conteúdo adulto, sendo voltado a todo aquele que ultrapassar a maioridade.  

Mas nós objetivamos um público específico, aquele que está no trânsito, lugar no qual o rádio ainda é grande companheiro. Encontramos o horário das 19h, em rádio que, por liminar, não transmite a Voz do Brasil, como a Rádio Gazeta FM.

Para alcançar a faixa de horário pretendida, optamos por adequar o conteúdo ao horário, já que a essência dos contos não será alterada. É mantida a crítica e a acidez, mas a abordagem deixa de ser explícita.

Gazeta FM

A rádio tem uma audiência muito popular, mas inteiramente musical. Não há qualquer criação ficcional na grade de programação. Propomos uma nova idéia, um programa popular, mas em formato diferenciado dentro da programação da rádio. As classes atingidas, são as denominadas C e B, porém a obra de Nelson Rodrigues, como a história mostra, é capaz de atingir classes mais abrangentes, não seria surpresa atingir um público que atualmente não é o foco da rádio, afinal é oferecido um produto já conhecido da população, mas nunca adaptada para o áudio.

Estrutura

Cada episódio deverá ter em torno de 10 minutos, semanalmente. Caso haja necessidade de episódio maiores ele seriam divididos, respeitando o clímax para manter a expectativa do ouvinte.

Cada bloco de 10 episódios deverá ser representado por uma diferente companhia de teatro, promovendo um espaço para esses grupos na rádio. Assim, há uma linhagem geral de adaptação já explicada, mas cada companhia oferecerá um olhar aos capítulos pelos quais for encarregada.

O espaço cultural de São Paulo é muito amplo e muitas boas iniciativas são pouco conhecidas, a radionovela aparece para oferecer uma convergência cultural que levará ao ouvinte um entretenimento de qualidade, com bons textos, o resgate de um formato e apresentará, semanalmente, diferentes olhares e linguagens que posteriormente formarão um painel diversificado de linguagem dramática e radiofônica oferecido em uma compilação em mídia, a cada 10 episódios, ou seja, cada CD é o olhar de uma companhia de teatro, assunto também já tratado.

Questões Contratuais

Para a viabilização do projeto seria no mínimo necessário um contrato com a família do Nelson Rodrigues para a permissão dos direitos de adaptação, com a rádio para a veiculação e com os grups de teatro.

Todos eles precisam apresentar a manifestação de vontade entre as partes envolvidas e suas devidas identificações (através de nome completo, nacionalidade, profissão, RG, CPF e endereço completo), identificar o objeto do contrato, ou seja, o objetivo envolvido, o prazo para concessão, veiculação ou participação, no caso específico da radionovela. Necessário também a definição de valores e formas de cumprimento de pagamento, as claúsulas penais para definição das consequências em possível quebra de contrato.

Necessários também o Local e data da impressão e as partes assinarem com reconhecimento de firma e duas testemunhas( apresentação de nome, RG e CPF). No caso do contrato com a companhia de teatro também são necessárias as autorizações do uso de voz, que podem estar contidas nas claúsulas do contrato.



Fonte: http://books.google.com.br/books?id=0ilyd-6OuAsC&pg=PA27&lpg=PA27&dq=a+vida+como+ela+%C3%A9+jornal&source=bl&ots=09NtTs0Tu_&sig=7XkZOdrfbwnBqylBXOcOxL7Pyk0&hl=en&sa=X&ei=5XY4UbetH5LO9AS12YFI&ved=0CEAQ6AEwAw#v=onepage&q=a%20vida%20como%20ela%20%C3%A9%20jornal&f=false

Cibele Lima e Salete Corrêa 

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